O YouTube é um caso de sucesso? De popularidade, incontestável. De negócios, o portal de vídeos lançado em 2005 é um elefante branco.
Consome banda demais para um retorno publicitário praticamente nulo, calcule a banda que se paga para publicar 13 horas de vídeo por minuto ou reproduzir mais de 5 bilhões de vídeos por mês. Agora considere que o Google vende publicidade integrada ao player sobre apenas 3% da base de vídeos do YouTube.
A equação é uma operação que consome, mas não rende muito dinheiro. O problema está no modelo de monetização da montanha de vídeos publicados no YouTube, tanto por um modelo não intrusivo que não lembre muito os comerciais de TV como pelo "medo percebido (por anunciantes) sobre o que aparecerá próximo ao conteúdo gerado pelo usuário".
No começo de dezembro, Leonardo Cardoso, o homem por trás do Katatudo, lançou a TV Moob, startup brasileira que pretende ultrapassar o problema que faz com que o todo-poderoso Google não tenha no YouTube um rio de dinheiro.
Por mais que o site tenha vídeos, Cardoso afirma que o TV Moob é uma vitrine para que potenciais parceiros (sites de vídeo, principalmente) contratem a solução como forma de monetizar a reprodução das suas obras.
Dê um play em um vídeo da TV Moob e perceba que o modelo adotado pela startup são links patrocinados (em parceria com o Yahoo) reproduzidos na parte inferior de cada player, caso atrapalhe a execução, o usuário pode fechar a caixinha translúcida.
"Eu quero que o Videolog venha aqui e eu dê a plataforma de monetização de vídeos. O TV Moob é mais uma vitrine pra mostrar o que a gente faz. (Oferecer tecnologia de monetização) é o que mais almejamos", diz Cardoso.
O plano é ousado: até o final de junho de 2009, Cardoso pretende transformar o TV Moob em uma operação lucrativa, com escritórios instalados no México, Portugal e Hong Kong.
Como se vencer naquilo que o Google não conseguiu já não fosse desafiante o suficiente.
Fonte: Blog do Digital Age
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