As perdas do YouTube são exageradas por analistas, mas parece que o Google, quem controla o site de vídeos, não se importa com o erro de cálculo.
A consultoria de tecnologia RampRate acredita que o prejuízo operacional do YouTube neste ano chegará a 174.2 milhões de dólares, muito abaixo da estimativa de 470.6 milhões de dólares divulgada por analistas do Credit Suisse, Spencer Wang e Kenneth Sena em abril.
Essas duas previsões são as mais recentes apostas do jogo de advinhações que entretém investidores desde que o Google comprou o site de vídeos por 1.76 bilhão de dólares em 2006.
Embora o YouTube tenha ficado ainda mais popular depois de ser adquirido pelo Google, o site ainda não mostrou sua capacidade de gerar receita. O Google já admitiu que o YouTube não é lucrativo, mas se recusa a divulgar estatísticas, permitindo que o mercado especule.
"Na maioria das vezes os analistas calculam os prejuízos com base no quanto gastamos para manter o site, mas normalmente essas contas são exageradas", disse Patrick Pichette, CFO do Google.
Entretanto, o Google não tem razões para informar quais as perdas reais que tem por causa do YouTube, segundo a RampRate, especializada em gerenciamento de gastos com tecnologia.
Para a RampRate, a suposição de que o Google perde muito dinheiro com o site de vídeos ajuda o gigante das buscas a negociar mais facilmente contratos com estúdios e gravadoras. Além disso, é menos provável que proprietários de direitos autorais abram processos exigindo o pagamento de royalties se acreditarem que o YouTube é um grande fracasso em termos de receita.
"É um ótimo negócio para o Google deixar que o YouTube seja visto como um desastre financeiro", afirma a consultoria em relatório divulgado nesta quarta-feira (17/06).
O porta-voz do YouTube, Aaron Zamost, não quis comentar o relatório da RampRate porque ainda não o tinha visto, mas ressaltou que anúncios estão sendo inseridos em milhões de vídeos como uma tentativa de reduzir as perdas do site. Zamost também declarou que o Google não tem nenhum interesse em exagerar as perdas do serviço, principalmente porque a receita gerada é compartilhada entre os parceiros do YouTube de um forma ou de outra.
Fonte: INFO Online
quarta-feira
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