segunda-feira

TV se arrepende por programação gratuita na web

Depois de tentar ingressar no mercado de web e disponibilizar conteúdos gratuitamente na rede, o setor de TV parece ter mudado de ideia e começado a perguntar se esse é um modelo sustentável.

Preocupadas com a proliferação dos vídeos gratuitos e serviços de download, operadoras e executivos das TVs a cabo e via satélite tentam desenvolver modelos que garantam que as pessoas continuem pagando pelas suas contas.

Entre as preocupações do mercado, estaria o crescimento da audiência dos sites de vídeos gratuitos. Apenas em fevereiro, o portal de vídeos Hulu, joint venture entre a NBC Universal e a News Corp., recebeu mais de 35 milhões de visitantes. Mesmo sendo o equivalente a uma pequena parcela dos telespectadores dos canais de TV, o resultado registrado pela comScore representa uma alta de 42% em comparação com o mês de janeiro.

Um dos sinais de que o setor estaria reconsiderando seus planos de levar a TV à web, seriam testes como os feitos pela Time Warner Cable, segunda maior operadora de cabos dos Estados Unidos, que está oferecendo um novo tipo de assinatura para conteúdos online entre clientes da HBO. Agora, os assinantes do canal podem assistir a diversos programas em seus computadores, por meio de um software e de uma senha especial.

Outras empresas, como AT&T, Comcast, DirecTV e Verizon, também têm estudado a possibilidade de oferecer conteúdos online apenas para assinantes. Além disso, as distribuidoras têm buscado produtoras de TV para negociar o acesso às programações somente para clientes das operadoras.

Para Brian Baker, presidente-executivo da Widevine Technologies, empresa de distribuição de conteúdo online, as redes ainda não sabem como faturar ao distribuir via internet. "Os anunciantes não pagam tarifas plenas pelo conteúdo transmitido na internet, e isso começa a ameaçar o relacionamento multibilionário entre as redes e as distribuidoras via cabo e satélite", afirma.

Entre as redes de TV aberta, a preocupação com a veiculação online é ainda maior. Depois de divulgarem seus esforços iniciais para distribuição dos conteúdos, as redes tentam mudar de estratégia para garatir que as receitas geradas pelas exibições tradicionais não sejam ameaçadas pelos conteúdos online.

_ Com informações do The New York Times _

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