O YouTube apresentou hoje em workshop para o mercado publicitário dados de duas pesquisas inéditas sobre o portal de vídeos. Segundo o presidente da divisão brasileira da empresa, Alex Dias, o site já é o segundo maior em buscas, além de ocupar o primeiro lugar entre os sites de vídeos no Brasil. "O Brasil é o terceiro no ranking de permanência online e o sexto maior mercado em usuários", afirmou Dias.
A primeira pesquisa foi realizada no ano passado pela Media-Screen e quis entender o comportamento dos usuários em relação aos sites de vídeos. Cerca de 55% dos entrevistados afirmaram assistir vídeos pela Internet pelo menos uma vez ao dia e 79% deles afirmam que um dos motivos principais para assistir aos vídeos pela web é a praticidade. "O que chama a atenção das pessoas é a liberdade de assistir o que quiserem na hora em que quiserem", comentou o gerente de marketing Valdir Leme.
No que diz respeito aos tipos de vídeos assistidos, há um equilíbrio entre o conteúdo profissional e amador, cada um deles com 40% da preferência dos usuários. 20% ainda acessam esses sites para procurar anúncios de produtos, serviços ou filmes, por exemplo. Na categoria de vídeos profissionais mais vistos aparecem música, seriados e comédia, e documentários. Já na categoria amadora, comédia, paródias e música, nessa ordem, aparecem entre as categorias preferidas. O estudo entrevistou 506 pessoas, maiores de 18 anos, que afirmaram ter assistido a vídeos em sites especializados nos 30 dias anteriores à pesquisa.
E se o YouTube fosse uma pessoa?
O Google encomendou um segundo estudo sobre o YouTube dessa vez para compreender como o usuário vê o YouTube. Conduzida pela Kae Marketing Inteligence, a pesquisa entrevistou 1000 pessoas por meio de um formulário web e, entre outras questões, solicitou que as pessoas atribuíssem características ao portal caso ele fosse uma pessoa. O resultado foi extremamente positivo e encontrou qualidades como divertido, influenciador, legal, acessível para todos, jovem, mente aberta, global, e feito para alguém como eu.
A importância dos anúncios
Os internautas também se revelaram abertos a publicidade no YouTube, um alívio para a empresa quando há muito vem se discutindo uma forma de monetarização do portal sem que o usuário fique chocado. 46% usuários dos entrevistados afirmaram que não se importam em ver propaganda no site e 33% informam gostar do que chama de anúncios "criativos", "legais" e "engraçados". "Quanto mais engajados com o site, menos eles reclamam", afirmou Leme.
O YouTube trabalha atualmente com três formatos publicitários. O vídeo banner aparece direto na home page permite que o site entregue mais de 6 milhões de impressões por dia em dois formatos: click to play, em que o usuário clica para visualizar o conteúdo do anúncio, e o auto play, aquele que 'roda' sozinho, porém sem som. Se o internauta clicar nele, o vídeo volta ao início e ele consegue assisti-lo com som.
Há também o MastHead, formato de cabeçalho que pode agregar o vídeo a outros conteúdos. Há também o Brand channel, um canal criado para que haja a interação da marca com os usuários. "Há cases bem interessantes, como o canal da Nike no YouTube. Vários vídeos possuem milhões de visualizações, como os virais que a marca costuma produzir", afirmou a gerente comercial da companhia, Kika Osklen.
O Brasil tem um grande consumo de mídia online, apesar do pouco investimento na área, em torno de 3,4% de participação segundo os dados apresentados. Sabendo disso, o Google continuará promover eventos com a classe publicitária para estreitar as relações e mostrar o seu potencial para o mercado. Segundo o presidente Alex Dias, "é preciso diversificar e é necessário não apostar todas as fichas em um tipo de mídia apenas".
Por: Raissa Coppola
quinta-feira
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